Ah, tô meio estacionada. Tipo aquela pessoa que sabe daonde veio, sabe para onde vai (quer ir), mas não sabe onde está ou o que fazer por enquanto - "enquanto o tempo não passa" seria algo péssimo a ser dito. Tudo bem, ultimamente falei coisas meigas, falei em ajudar pessoas, pensei como sempre na filosofia Carpe Diem e nas coisas que eu tenho que fazer, por 'dever' ou prazer. É estranho se definir ou responder com precisão algumas questões que exigem realmente o desapego a algumas (tantas) opções... A questão não é não querer se decidir, mas desconhecer os novos critérios. A minha cabeça muda, a minha visão sobre o mundo e as pessoas não fica estática. Sendo assim, porque eu não mudo algumas coisas também - intencionalmente, visando benefícios e coisas assim? Ah, tem gente que relaciona isso com falta de vontade, embora eu não concorde. É realmente estranho olhar pra frente e só ver neblina. Sabe, algum dia tu vai ter que mexer o barco, seguir pelo mar e saber se virar... Isso em vários sentidos, não só pensando no fator independência em relação aos pais. É preciso se posicionar sempre: na hora de entrar numa loja e comprar alguma coisa, pedir uma informação, apresentar suas idéias, saber lidar com a indiferença e os insultos dos outros... isso é muito cruel. Ou não, dependendo de como cada um se conhece. Saber os próprios limites, os defeitos e as qualidades é fundamental. Eu me perdi nessa rota também. Que poder(es) eu tenho? É fácil encarar a vida com o olhar "relaxa e goza" por um ou dois segundos, mas na prática é diferente, é esquisito. Eu fico feliz com coisas "trouxas" e pequenas, fico mesmo. Talvez eu devesse me libertar de algumas coisas que me prendem demais ao chão, mas eu não gosto de como é imposto que a felicidade está nas besteiras. Ok, isso soa careta... mas besteira pode ser qualquer coisa. Claro que ninguém pode me dizer o que vai me fazer bem; isso é uma verdade minha. Eu não gosto de me sentir assim desiludida. Tem personagens de filmes com quem tu se identifica mas que, no fundo, são tristes. Pelo menos não são vazios, mas sei lá. Eu não consigo sair da cadeira de roteirista para sair dançando e cantando tipo a protagonista da história, é muito inseguro. Tudo bem, eu deveria correr atrás dos meus medos e enfrentá-los, mas se isso só servir de lição para não repetir a dose? "Ah, melhor tentar do que ficar na imaginação..." Será que todo mundo tem noção do que é isso e pára para pensar? Talvez eu recomece a viver de verdade, talvez eu leia todos os livros que eu quero, veja todos os filmes, conheça todos os lugares... mas é estranho começar por mim, pelo ponto inicial. "Vamos lá, Ivy, descreva a sua ilha." Pra começar eu não sei nem se algumas coisas eu digo meramente por impulso ou se realmente acredito nelas. Oh god, fui corrompida! Eu tinha medo de falar por falar e fazer por fazer e eu tenho feito isso tanto... acho que é falta de chocolate.
Mais do que nunca, os tic tac's do relógio parecem bombas.
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