quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Peach, Plum, Pear


We speak in the store
I'm a sensitive bore
You seem markedly more
And i'm oozing suprise
But it's late in the day
And you're well on your way
What was golden went gray
And i'm suddenly shy
And the gathering floozies
Afford to be choosy
And all sneezing darkly
In the dimming divide
And i have read the right books
To interpret your looks
You were knocking me down
With the palm of your eye
Go; na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na
This was unlike the story
It was written to be
I was riding its back
When it used to ride me
And we were galloping manic
To the mouth of the source
We were swallowing panic
In the face of its force
And i was blue
I am blue
And unwell
Made me bolt like a horse
And; na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na
Now it's done
Watch it go
And you've changed so
Water run from the snow
Am i so dear?
Do i run rare?
And you've changed
So
Peach, plum, pear
Peach, plum

Joanna Newson

domingo, 23 de agosto de 2009

Bagunça emocional.

"Você vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"


Aquilo ecoou na minha cabeça de tal forma que, quando a oportunidade surgiu - meses após ouvir a pergunta -, eu fiquei perturbada e nada fiz. Fiquei estática, olhando sua cabeça repousar sobre os braços. E nada fiz, nada fiz. O que tenderia a ser um gesto espontâneo poderia ser interpretado, naquele momento, como um pedido silencioso ou uma declaração indevida. Fiquei com medo de ser não-entendida - até porque, talvez, qualquer opinião extremista sobre a cena resultasse em erro. Carinho é uma coisa, vontade é outra completamente diferente: mas os significados podem servir de complemento um para o outro. Como as pessoas - diria alguém bem mais apaixonado.


"Você vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"


Diante daquela expressão tão bonita, tão plácida e convidativa, não tive como dizer que não. E minha resposta não seria outra mesmo, nem cogitei refletir mais em cima disso. Não se tratava de uma possibilidade, mas de um destino. Destino? Não... muito forte, muito brega, muito definitivo. Se tratava de uma certeza de que tudo continuaria a ser do jeito que era. Logo, não havia razão para não continuar fazendo o que se fazia. Preservar e melhorar o que é bom, desmistificar e solucionar os desprazeres. Como uma receita de bolo - diria alguém não-sei-de-que-jeito-mas-não-do-meu.


"Você vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"
"...vai continuar fazendo isso sempre?"


Vou. Só porque não o fiz naquele momento, não quer dizer que seus cabelos se verão livres da bagunça dos meus dedos. Ou o contrário. Ou sua bagunça mental, ou minha bagunça emocional. O fato é que o que é bom não se perde. Para os casos mais extremos, existe o poder da lembrança - a coincidência de ouvir uma música tocar e o coração bater na mesma freqüência, como fora em tempos passados. E não aceito a palavra de mais ninguém como sugestão para essa história.




terça-feira, 11 de agosto de 2009

WaitingPeople

E se eu me apaixonar pelo Inverno, pelo frio do Inverno? Terei de esperar por ele durante as outras estações... E sentirei saudade, sofrerei com isso: a mais leve brisa trará a lembrança do frio. Terei de aprender a conviver com o calor, com a luz, com as cores - com todas as mudanças de cheiros, pessoas e lugares. Mas esperarei. Esperarei pelo Inverno, esperarei por ele: verei as árvores se encherem de flores e frutos e, num segundo instante, recolherei algumas das folhas secas do tapete marrom que cobrirá os gramados intermináveis. Será bonita a espera, serão tristes as incontáveis despedidas. Contarei os dias e os meses para estar próxima ao meu amor - cujo calor se destinará a mim. E como seria isso, o calor do Inverno? Seria frio, frio e pálido como toda a estação. Cinza, gélido, mas ainda delicado. As nuvens nos impressionam, nos intimidam, mas nada mais fazem do que defenderem-se da fragilidade em que se encontram. Eu entenderia as nuvens, conheceria os ventos, suportaria e amaria o frio. E o faria quantas vezes fossem necessárias, sempre que eu sentisse desejo. Me apaixonaria e me deixaria levar pelo Inverno. Seria tola, seria cega, seria feliz e apaixonada com minha condição de pessoa-que-espera.




Pessoa que espera.
Pessoas que esperam: esperam por serem passivas ou pacientes em demasia ou terem esperança ou terem certeza ou não terem nada. E mais vários outros ou's. Esperam porque constantemente estão divididas - divididas entre fazer o melhor para o outro e o melhor para si. Dizem que quem gosta cuida, mas quem gosta também deve deixar o outro ir - se é isso o que ele quer. Deve?! Como aceitamos ficar sem o que nos faz bem? A felicidade alheia nos alimenta? Sentimos pena de nós mesmos? Somos ridículos por não lutar? E por lutar em vão?


Esperar. Esperar por uma pessoa, por uma resposta, por uma verdade (por vezes dolorosa), por uma mentira bem-empregada, por um sorriso, por um gesto, por uma explicação, por qualquer palavra que quebre o gelo, o silêncio, o vazio amargo da espera. Ah, a agonia de não sentir o tempo passar... Nada mais angustiante do que estar de fora dos acontecimentos, assistir à realidade com os mesmos olhos sonhadores de antes. Não se deseja o que é platônico, mas o que é belo - de preferência, sua face sólida e alegre. A busca pelo concreto nem sempre se dá experimentando, mas observando as coisas e analisando seus movimentos. E, ainda assim, existem vezes em que nem o que é óbvio se mostra claro...


Chega dessa história. Basta! Sem mais aquele drama de "se foi" e "nunca mais". Eu não digo nunca, não digo sempre - sou completamente "talvez". Espero, esperava, esperei. Esperaria e esperarei. Conjugarei 'esperar' de todos os modos, pois sou uma das tantas pessoas que esperam. E não deixo de fazer acontecer por esperar. Não, não deixo de viver. Pelo contrário: vivo tudo intensamente. Intensamente.

E, cada vez mais, me aproximo daquela sensação calma de ser uma Claire. Quero saber sobre as pessoas, ouvir suas histórias, entender o que sentem. E me sentir importante, me sentir parte disso - ainda que temporariamente. Não acho que eu tenha um lugar, não acho que a gente deva ter um lugar fixo. Faço o que me satisfaz, ainda que isso, por vezes, signifique um pouco de masoquismo emocional.

Eu esperaria pelo Inverno sem angústia, suportaria qualquer coisa. O faria, num passado ou num futuro. Talvez o teatro tenha custado a passar diante dos olhos da platéia, talvez as falas tenham se repetido. O fato é que demorei a entender a mensagem. Às vezes, o susto só faz piorar a morte. Mas eu esperei, esperei por isso pacientemente. E as palavras não vieram com o mesmo vento que me dizia seus contrários. "Há males que vêm para o bem"... Ok, próximo round. Estranha-estranha paz interior.








"I don't love you anymore. Goodbye."
{Closer}





domingo, 9 de agosto de 2009

friendshit

Eu fiquei superafim de escrever, me senti inspirada pelo clima chuvoso ao extremo e a little bit pressionada porque o último post foi escrito há certo tempo... Acabei de ler um texto do Gui que me deixou super pensativa, e me deu vontade de ficar falando aleatoriamente de novo - eu tinha perdido um pouco a empolgação inicial depois de ficar relendo umas coisas que eu postei aqui (li "Né" e achei meio assustadora a forma com que eu poderia escrever quase a mesma coisa num dia desses. exceto a parte do banheiro, que eu achei extremamente desprezível). Eu queria escrever uma daquelas historinhas bestas de ficção, não exatamente cheia de diálogos, mas a vontade de continuar escrevendo enquanto Ivy é bem maior nesse instante. Sabe, eu odeio quando a inocência acaba ficando mais próxima de ser um defeito. Por situações traumáticas de quando se é uma criança e está crescendo e por reforço às idéias de Holden [Caulfield], eu fico realmente tocada com o jeito que inevitavelmente somos corrompidos. Ok, exagero - e não necessariamente tudo a ver uma coisa com a outra. O fato é que eu acabo sendo mais tola do que deveria, às vezes, por tentar manter um ponto de vista 'virginal' sobre as coisas e pessoas. Eu me irritei mesmo quando, depois de esclarecer intenções, a pessoa tirou da manga uma série de bobagens e blefes. Não tenho nada contra perdoar erros, equilibrar a culpa - fazer cada um assumir a responsabilidade por seu papel -, conversar e tentar recomeçar. Gosto dos vilões, dos disfarces, das estratégias - gosto da maldadezinha bem empregada. Só não gosto de jogo sujo, de envolver na farsa alguém que não tem nada a ver com a situação (e muito menos tem chance de se explicar). Não estou tirando meu corpo fora, realmente fui muito idiota e imatura ao deixar me influenciar por uma visão alheia a tudo e completamente pretensiosa. Em horas assim, me lembro de antigas conclusões que se tornaram metas ao longo do tempo. Como pude esquecer que só quem tem o poder de falar sobre suas emoções é a própria pessoa?! Enfim, tudo se torna motivo quando se busca o caminho mais fácil - o de seguir o que é aprazível, ainda que irreal. Ou isso ficou uma coisa confusa e impossível de entender, ou ficou óbvia (e, de repente, um tanto revoltante. sei que não deveria deixar certas coisas tão esclarecidas em 'lugares públicos'...). Ok, vou ficar devendo um post-tentativa-de-ser-super-bom-ou-no-mínimo-entendível. Sorry, guys. Tempestade em copo d'água ou não, fico super contrariada quando vejo que não mediram as conseqüências antes de falar certas coisas - não no sentido de 'hohoho, vocês não sabem com quem estão lidando - vou me vingar!', mas lembrando que, em certas situações delicadas da vida, uma palavra com um sentido ambíguo ou uma mentirinha podem realmente ferrar tudo.

(um post tão pequeno e tantos marcadores, ora pois!)





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