sexta-feira, 5 de março de 2010

about priscila

acho chato que alguém deixe de parecer racional em função da identificação forçada com algum signo. é como buscar uma personalidade única num gosto extremamente comum. acho chato mesmo: ultrapassado, com cheiro de mofo, entediante. e acho estranho, muito duvidoso, quem quer mostrar seu lado excêntrico e "free bird" se escondendo atrás de imagens que não dizem nada. nada. pé, cabelo, dente torto: parabéns, você não é pretty! contudo, o mais intrigante de tudo é ver que um diálogo que nasceu e morreu em três dias permaneceu na memória por mais de ano. ouço o nome dela e demoro a recordar que a conheci - acho que ela, por sua vez, nunca tirou meu nome da cabeça e é capaz de reproduzir cada frase que eu não disse com perfeição. perfeição de dor-de-cotovelo, proveniente de uma história que nunca aconteceu e nem teria chance alguma de se transformar em um projeto ou qualquer coisa que o valha. e só me recordo de todo o blablablá devido a profunda dor de cabeça que isso me causou: falar português em terra de tupinikins nem sempre dá certo. "da terra" - pior de tudo, é que ela gostaria de ser definida assim. tão fixa, de olhos e ouvidos fechados, centrada em fazer crescer mato. não gosto de mato, não gosto de nada que não sofra transição. e, principalmente, não gosto de nada que não cresça, que não aceite seus erros. despejar bosta no ouvido dos outros realmente parece mais legal. e é por isso que ela continua fazendo isso sempre que possível. e, com a freqüência que ocorre, fico me perguntando se, pelo menos para esse fim, ela se move e esboça algum empenho. nossa, mudei a vida de alguém! sem querer, mas mudei. mas, para variar, ela mais uma vez não entendeu o que devia fazer: ao invés de espernear e tentar ser feliz de um modo meigo (já que originalidade é algo mais difícil de se conseguir), optou por continuar perseguindo minha paciência, a fim de eliminá-la com golpes baixos. não sei se toda essa perturbação é resultado de carência e teimosia apenas - desconfio que a raiva tenha algum motivo orgânico (seria mais fácil para eu aceitar o comportamento dela). seja como for, todas as tentativas de fazer com que eu me sentisse menos do que eu sou não foram nem um pouco satisfatórias. na boa, eu esperava mais. bem mais. acho chato (entediante mesmo) quando alguém que não te conhece fala de um amor quase experimental. e diz que você não sabe o que faz, que é isso e aquilo e que *pausa para pensar em algo que pareça provocar bom efeito* não presta. realmente, eu não presto pra esse tipo de gente. e assim será. acima de tudo, me incomodo com quem tenta me reprimir, "me ensinando" o que não sabe. acho chato, sabe? chato. mais chato ainda é ver o quanto uma discussão abostada pode influenciar alguém a tentar te afastar das pessoas. chato não, acho essa parte a mais engraçada. no duro. e o nome dela não era priscila, mas patrícia. uma vez falei isso errado, o que fez eu parecer mais insensível ainda. nem me importei. o problema em ser "insensível" é que isso te deixa longe da possibilidade de ser indiferente. bem chato.



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