terça-feira, 2 de junho de 2009

in a manner of speaking

Acho que tô "perdendo minha religião". De repente, algumas das minhas crenças antigas já não fazem mais o menor sentido. Os filmes continuam os mesmos, o tipo de música também. Os livros, tudo igual. O que mudou foi o modo como eu encaro as coisas. Quer dizer, isso não mudou exatamente: eu mudei, eu mudei. EU mudei. Mudei para um "Eu", com letra maiúscula. Continuo preferindo do outro modo, mas sei que as coisas já não são as mesmas de outrora. Eu escrevi ontem um negócio que não quis postar e tive uma conversa necessária, que me deixou reflexiva e um tanto nostálgica. O dia foi ótimo e a vida tem sido bastante brincalhona. Tenho que dormir e não vi sentido em escrever isso, senão que eu gostaria de dizer que eu posso tentar ser útil. Um tanto pretensioso isso, mas de nada custa lembrar que meus ombros ainda estão aqui - se o que eu disser não ajudar, pelo menos os ouvidos não vão falhar em escutar, eu espero. Apesar de falar merda, não estou no meu momento descontraído. Gosto de ficar quieta, às vezes, bem quieta. E sei que sou mal interpretada por isso. Mas também não me vejo na obrigação de me explicar. Estou amadurecendo idéias, me frustrando com algumas notícias e ficando feliz por outras. A gente sempre pensa que mudou para algo melhor. É o que deveria ser mesmo. Eu fico triste em ver pessoas que já estiveram mais presentes na minha vida enfrentando situações difíceis - espero que tudo se resolva. Gostaria, sinceramente, que esse frio continuasse assim. Acho que é só o que eu posso desejar - porque o resto muda, sempre muda. Não posso nem quero exigir mais de ninguém. Como eu disse, tô "perdendo minha religião". Cansei de me encantar com respostas mágicas. Quero o que é concreto, o que é palpável - qualquer coisa que faça sentido o tempo todo, independente das mudanças na minha personalidade ou no mundo que é externo a mim. Acho que adquiri essa insegurança das coisas, essa necessidade de me basear em verdades consolidadas e não exatamente nos meus conceitos passageiros. Quando tudo parece estar bem, eu entro nesses momentos cinza-masoquistas e nada me tira deles. Exagero: nada que uma boa música e uma boa companhia não sejam capazes de interomper. Só não quero me viciar, me viciar e me frustrar. Não é o que eu acho que esteja acontecendo ou o que eu imagino que faça parte do futuro próximo, mas tenho receio disso. Eu sou uma pessoa substituta. Nada me fez pensar o contrário - talvez sentir, mas sentimentos são efêmeros.


Um comentário:

mfm_work disse...

Sabe, eu acho que tive esse mesmo sentimento sobre mudanças mas nao consegui deixar isso claro pra ti.
Tentei te contar mas nao consegui...

Ah, neste exato momento to revirando e vasculhando teu blog em busca de pistas de algo negativo que cruze com o teu ultimo scrap.

Sinceridade é tudo XD

Queria te dizer que tu ta enganada numa parte, a da "pessoa substituta". Pelo menos pra mim não é. No começo eu pensava que era, mas com o passar do tempo percebi que tu tinha um lugar só teu - e insubstituível - na minha miserável vidinha \o/\o/\o/

Sinceridade é tudo XD x2

Essa deve ser a milésima vez que eu me pergunto: "Será que tem algo que avise quando eu mando um post pra ela?"
É que é importante pra mim saber se tu leu ou não, apenas isso zD

Te adoro.
Francesco.

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