Te ofereço minhas palavras mais sinceras e o toque das minhas mãos nas tuas. Pretensão seria esperar que toda a minha felicidade fosse tua também ou que minha presença bastasse para alegrar-te. Não desejo coisas impossíveis, tampouco tenho medo de não realizar as possíveis: sei que, até onde posso, executo meus planos não-escritos. E, assim, calmamente, conheço tua pele como parte de algo maior e diferente de mim. Não exijo mais do que o teu respeito, mas me faz falta tua companhia. Provocas em mim saudade sem a dor da necessidade, alimentada com afeto e a mais pura vontade. Vontade de ti. Vontade de te ver, de te ter ao meu lado vendo o tempo se consumir, esfarelar-se. Teu sorriso ecoa em mim, bem como tua angústia - e, mesmo quando estamos em lados tão opostos, não deixo de ver-te com os mesmos olhos sonhadores. Minha fascinação tem fundo: é racional - mas também se justifica com o abstrato, com todos os verbetes que eu não sei dizer. Falo o que eu penso muitas vezes sem pensar, mas nem por isso minhas afirmações são menos verdadeiras. Por trás da intenção, existe a motivação. E, em cada gesto meu, existe o carinho de quem gosta de ti - e gosta de gostar. Tu és música, és poesia, és a resposta para muitas de minhas perguntas, mas também és minha maior e melhor dúvida. Quero que sejas livre para buscar o que te faz bem, quando e como achares que deve. Se tropeçares em mim no caminho, não espera mais do que já vês: te ofereço minhas palavras e minhas mãos - o resto é conseqüência.
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