terça-feira, 30 de dezembro de 2008

pré-reveillon

41 posts sem "marcadores" (essas palavrinhas soltas que eu coloco aí embaixo, apontando os principais tópicos do que eu escrevi). ok, falando assim parece algo muito importante. é só que eu queria fazer isso logo, tipo na próxima semana ou na outra, porque eu estou com a minha síndrome de organização apitando aqui dentro. o primeiro felizardo - ou vítima - vai ser o meu quarto. falando em felizardo, que palavra horrível. ela me lembra um adulto solteirão razoavelmente velho, com um nome esquisito e triste, tipo Horácio, ganhando um beijo babado com batom, na bochecha esquerda, da tia que usa dentadura. tudo bem, deixemos ele de lado. e as minhas manias também. quem lê deve pensar que eu sou mais uma daquelas meninas que deixam o lençol esticadinho e tudo devidamente no seu lugar. bem, poluição visual combina mais com meu quarto. mas eu gosto da mistura de cores.
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sobre o reveillon, eu realmente acho que o meu vai ser legal. melhor, inclusive, do que foi o último. e eu espero, de verdade, que o dos outros seja bom também. não é que faça parte do meu gênio desejar (sempre) o contrário, mas é que de repente eu fiquei meio emotiva e, quando eu estou assim, as pessoas parecem tão merecedoras de afeto. isso começou ontem de noite, no final da aula de dança. por sinal, foi uma aula diferente. deve ser a vigésima professora que eu conheço (o melhor foi que eu demorei para entender que ela era também professora, porque eu conheci ela na última apresentação e, mesmo ela sendo do grupo das fodonas, eu não conhecia o lado teacher dela). apesar de ser uma aula para o nível um, tinham ali pessoas do intermediário e do avançado e, de certa forma, unir todas em movimentos iguais foi bem bonitinho. eu gosto de quando tem esses momentos de interação e a coisa funciona,
até por isso eu apreciei bastante o pessoal de lá. enfim. hoje foi o último dia de aula no cursinho e foi realmente estranho, uma vez que eu vou sentir mais falta desse um ano com 300 desconhecidos do que, sei lá, doze anos com as mesmas cabeças. e isso vem da sensação de bem-estar mesmo, não exatamente porque os professores são mil vezes melhores ou coisa parecida. até porque inexistiu a tranqüilidade de anos atrás - sabe, vestibular é uma palavra muito abrangente. foi bom ouvir os conselhos e verdades sobre isso, porque, de fato, não podemos tornar essa merda maior do que ela já é, tampouco alimentar sonhos de que a vida vai ser um mar de rosas depois de enfrentar as provas. não que passar seja uma obrigação, mas isso não fará ninguém melhor ou mais amado. e etc. tudo bem, isso funcionou para mim. eu não costumo gostar dessas coisas que as pessoas falam, mas eu fiquei realmente nervosa de uns meses para cá. e ter uma atividade paralela à todo o transtorno, com certeza é a melhor escolha.
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sobre a minha parte mais hum afetiva, sei lá. eu estou feliz. eu continuo 'em um relacionamento' - de repente, o post anterior colocou isso em dúvida - e bem satisfeita com ele. quanto aos meus amigos, também não tenho muito o que dizer. parei de tentar agradar a gregos e troianos; penso que a naturalidade antevém a regra. é claro que eu acredito que é possível manter um laço forte sem muito contato, pela internet ou, enfim, com certa distância - desde que os dois estejam dispostos a superar as limitações. e, falando em internet, fico triste em ver que muita gente leva o Orkut muito a sério e interpreta i
sso como um retrato da vida ou coisa parecida. tenho até a minha mãe como exemplo de vítima desse tipo de problema. eu me surpreendi ao ver meus amigos se dispersando, cada um indo para um lado. não lembro da última vez em que eu vi meus amigos de escola reunidos, assim sem faltar ninguém. acho que ainda foi no início do ano, em época de calor. vestibular, faculdade, escola, curso de alguma coisa, enfim, cada um tem sua vida. encarar isso com maturidade é o ponto básico para evitar discussões desnecessárias, pensamentos que não condizem com o que acontece, tempestades em copos tão pequenos. a minha vizinha, por exemplo: eu vejo ela todos os dias pela janela e fui incapaz de ir lá e fazer uma visita. é claro que existem sempre caminhos alternativos, que a gente só enxerga depois que perdeu a chance, mas relevar é sempre uma possibilidade. apesar do meu jeito, de não ligar (telefone) e nem aparecer, e também do comportamente semelhante ou diferente das pessoas que eu conheço, o resultado de tudo foi positivo. quando eu saí, a maioria das coisas renderam. claro que existem idéias que eu nunca vou entender (nem sua origem nem sua consistência), mas eu prefiro tentar torná-las menos impossíveis à medida que buscarem me compreender também. não tentei levar isso pelo lado egoísta, mas pelo lado amor-próprio. então, eu vou continuar fazendo o que eu fazia e não fazendo o que eu não fazia, porque, independente de ser teimosia ou não, essa sou eu e me recuso, sem arrependimentos, a levar uma vida que não seja a que eu desejo. ...um feliz 2009 pra todo mundo! ah tri.


ok, esse foi meu texto de final de ano. não consigo fugir dele,
ó céus.

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