quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Guess I'm Doing Fine

Oi, voltei. Nossa, não faço idéia do que as pessoas andam escrevendo, nem lembro quando foi a última vez que eu escrevi. E, putz, não respondi algumas mensagens e me sinto tão culpada! Eu vou fazer isso semana que vem, e pedir as devidas desculpas. Sei lá. Eu acho engraçado como o blog se tornou parte da minha vida. Hoje tive meus momentos bregas e meus momentos de impaciência. E, apesar de morrer de vergonha pelas tempestades em copos d'água completamente desnecessárias, elas foram úteis para eu ver coisas que dificilmente em outras situações eu veria. É tão bacana quando se percebe que existem pessoas bacanas. Não que eu duvidasse disso, ou que eu ignorasse a bacanisse de pessoas que são queridas pra mim. Enfim, foi só um comentário. E não queria que ele fosse mal interpretado. Nossa, eu tenho dormido tão pouco, e lido e feito tanta coisa para a faculdade. E, no fundo, essa falta de tempo tem sido tão proveitosa. Minha turma está tão unida e as pessoas, em geral, têm se doado tanto. Eu não sou recordista de momentos felizes na escola, então me emociono quando as coisas vão bem. E, nesse quesito, vão realmente bem. Descobri um mundo musical que me deixa "esperneando", sei lá. Porque eu gosto das músicas desse mundo que eu conheço, mas elas representam uma parcela ínfima de tudo, e isso é meio assustador. Eu odiaria ter que dizer "é só música", porque não é "só música". Música nunca é "só música". E eu defenderia isso com todas as notas que eu não sei e palhetas que eu não tenho. E eu devo ter, mas estão por aí. Tipo o meu D12 roxo, que eu não lembro de ter efetivamente usado. "Efetivamente". Sabe, essa é uma palavra que eu acho gozada. Tenho uma professora que fala isso freqüentemente, e sempre que ela fala eu esboço um sorriso e fico pensando o que exatamente significa isso no contexto. É que tem palavras que, se a gente for pensar, não acrescentam nada. Mas isso é triste demais para esse horário. Ah, eu estou encantada com o universo das diferenças. Um encanto bom e ruim ao mesmo tempo. Fico feliz que todos não sejam da mesma maneira. Cheguei não faz muito tempo da aula, e hoje conversamos muito sobre segunda e terceira infâncias. As aulas dessa disciplina tendem a ser as mais divertidas. Falar de criança é divertido, gostando delas ou não. E a gente sempre percebe que continua agindo meio infantilmente às vezes. Ainda bem. Na minha vida pessoal, eu tenho encontrado algumas dificuldades não exatamente comuns, eu acho. Não que eu pense que todos os relacionamentos interpessoais são óbvios, mas acho engraçado como os meus problemas soam incomuns. Falei isso por falar, porque não faz sentido eu discutir isso aqui. Não é o caso de discursos do gênero "como eu sofro" - quanto a isso, todo mundo sempre pensa que é a vítima mais infeliz da história e, no fundo, cada um está certo à sua maneira. E chegou mais uma fase de crise de cabelo da minha pessoa. E, nessas horas, a gente sempre tende a encontrar na rua pessoas que recentemente se tornaram ex-cabeludas e coisas do gênero. Ora, é só mais uma mulherzite. Falando em mulherzite, eu estou também naquela fase de profundas reflexões a respeito de decisões passadas. Parte da minha biografia é inexplicável por definição. Nem eu mesma sei definir o que eu sinto ou penso algumas vezes. E esse ano está tão longo, tão longo. Para mim, quando mudou o semestre, mudou também o ano. E é meio assustador pensar assim. Me dei conta de que não vi setembro passar, nem outubro, nem novembro. E isso não quer dizer que eu não tenha aproveitado: pelo contrário, eu tenho me sentido incrivelmente útil. Tão útil que não dou conta de tudo que há pra fazer... mas, ok, eu tenho tentado. Vi filmes tão legais, e comprei tantos livros, e tive conversas maravilhosas. Acho que eu sou apaixonada por risada. Vence a melancolia da solitude, a beleza daqueles silêncios de pôr-do-sol. Mesmo que palavras não sejam necessárias às vezes, mesmo que os gestos criem histórias... mesmo com tudo isso as risadas têm o seu valor. Ah, se têm! Uma amiga minha dizia que, antes de qualquer coisa, buscava alguém que a fizesse rir. E, é verdade, isso é genial. Sabe, é impossível ser feliz sozinho. É realmente impossível ser feliz com essa pretensão. Se, por agora, eu não vejo a hora de ver o ano acabar, de entrar em férias e etc. e tal, é porque eu realmente estou ansiosa para aproveitar ainda mais. É a velha história: não importa o que será feito, mas todas as outras variáveis. Se chove, tem seu charme. Se chove muito, se torna engraçado. Se chove muito, mas muito, e a gente pega um resfriado, sei lá. Mas vale a pena igual. Tenho pensando um monte na consistência das minhas reclamações (?!), e eu acho que a essência da coisa é realmente senso de humor. Eu sei que parece não fazer sentido. No fundo, eu acho natural não gostar das coisas e querer exprimir isso. Chato é bancar o legal e fingir que está tudo bem. Enfim. Eu quero ver se escrevo um monte agora... sim, eu disse isso para umas pessoas há uns meses e foi a mesma coisa que nada. Mas eu ando empolgadinha e com mil teorias falidas para explicar o mundo. Acho que parte de mim realmente é meio Bob e anda de bicicletinha vermelha pela casa.




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