E eu sentei ali por uns minutos ou, talvez, horas, ou dias... Pouco importa. O bizarro foi aquela sensação que há muito eu não sentia, sobre tudo e sobre nada, aquela coisa sem nome que é o poder de se sentir realmente bem não pensando em nada, não vendo nada, não sentindo nada - e ao mesmo tempo tendo a certeza de que cada segundo estava sendo aproveitado ao máximo. Vento no rosto. Vento nos cabelos, um pouco de luz nos olhos - uma pequena confusão para manter a certeza de que somos humanos. Vento e barulho de gente, mas ainda assim o mais intenso silêncio. As coisas mundanas realmente perdem o brilho diante de um desses momentos de refúgio, que não são nostálgicos nem nos remetem ao futuro. E, só de lembrar, dá vontade de fazer isso pelo resto da vida - o que me conforta é que não é nada que possa ser planejado, com a possibilidade de dar certo ou errado, mas algo totalmente espontâneo. Tipo aquela chuva gostosa de verão, ou aquela música perfeita tocando em algum lugar repentinamente.
E eu olhei pro lado e vi outro de mim, ali parado. De olhos semi-fechados, com vento nos cabelos. E nada precisou ser dito, nada precisou ficar mais claro: a sintonia é causa e conseqüência. Liberdade e companhia, tudo no mesmo pacote. Impossível não se sentir realmente bem.
E eu olhei pro lado e vi outro de mim, ali parado. De olhos semi-fechados, com vento nos cabelos. E nada precisou ser dito, nada precisou ficar mais claro: a sintonia é causa e conseqüência. Liberdade e companhia, tudo no mesmo pacote. Impossível não se sentir realmente bem.
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