E, hoje, no ônibus, eu encontrei um conhecido que me perguntou com uma cara suspeita se eu continuava a mesma. E já foi consentindo que sim, que eu não mudei. E eu pensando no que pensar. Porque eu não sei bem como ele me via ou como as coisas eram exatamente para saber o que foi modificado ou não. E, grande merda, não me importa (aquela velha história de "hey, babe, você não paga as minhas contas"). Mas eu me senti indignada um pouco pelo tom de deboche e um pouco por eu me sentir ofendida (sendo que foi tudo fruto de, sei lá, desconfiança). E, num dia como hoje, uma coisa bobinha dessas me deixou pensando uma série de coisas. Ouvir o cara falar com uma guria sobre coisas aleatórias e lembrar de quando era eu a "ouvinte oficial" (a pessoa pra quem ele tava dirigindo as palavras, não uma qualquer que escuta a conversa dos outros no ônibus), de quando tivemos conversas boas e construtivas sem existir esse olhar de "antes e depois". Eu não senti saudade, de um modo afetuoso, mas senti um pouco de remorso ao lembrar que um dia existiu respeito (eu não isso pela história do ônibus) e que ele se dissolveu por razões infelizes. Tá, mas isso foi uma linha. A página de hoje é pensar besteira, conciliar fatos que seriam melhores se "simplesmente não fossem", pensar em escrever um monte de coisas e depois me arrepender por ter atos insensíveis, mas também ser emocional demais. E é meio estranho quando tu pensa em uma coisa e de repente ela aparece na tua frente com o mesmo jeito de sempre, só que para te dizer que isso nunca mais vai ser assim. Eu já não entendo nada.
"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração..?"
"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração..?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário