terça-feira, 4 de setembro de 2007

And so it is...

Talvez fosse melhor julgar a grandeza de uma pessoa pelo modo como ela aprendeu o que sabe, não necessariamente através de suas características.
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Dizia um texto que o perdão só é válido quando se perdoa algo imperdoável - se fosse perdoável, não existiria perdão. Eu achei bem coerente, bem verdade. Entre milhões de discussões, a Anita disse que 'desculpa' ocorre quando o malfeitor se arrepende de algo que fez inconscientemente e acabou fugindo de seu controle, resultando em vítimas e problemas e enfim, conseqüências ruins para ele e para outra(s) pessoa(s). Perdão se dá a alguém quando este se arrepende de ter feito algo que foi realmente desejado.
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Quarta-feira passada, o assunto foi 'até que ponto você se permite ser marcado'. Não exatamente assim, afinal existe o lado emocional e instintivo, deveras "fraco", que não se mostra controlável. A intensidade das coisas, as lembranças que cada um carrega variam de vivência para vivência. Estranho é pensar que pode existir um jeito de controlar essas forças.
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A banda Luxúria enche os rádios com a música 'Lama', que por sinal tem uma frase que me deixa pensativa por horas. "O caminho mais fácil, nem sempre é melhor que o da dor." Um tanto brega, embora eu tenha captado a coisa na quarta passada. Mas ficou por lá meu entendimento - voltei ao marco inicial. E amanhã é
uma nova quarta.
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Sei lá. Tipo "tchau, defesas". Me senti o L no, sei lá, vigésimo quinto capítulo. Nem falo isso no sentido dramático estilo "ninguém me nota, ohhh", mas porque parece aquela cena onde o sujeito está sentado em uma cadeira de ferro, amarrado com correntes e tiras de couro, uma faixa na boca, os olhos livres para presenciar tudo: a injeção está bem próxima... bem próxima... pic! (Ok, meus efeitos sonoros hospitalares ainda estão em fase beta...) Faz tempo que eu não falo com o Francesco, o Gui... não estou nem um pouco com espírito comunicativo. Entrar no msn virou sinônimo de responder oi's de estranhos e iniciar conversas bem horríveis e sem futuro. Não que eu busque realmente um futuro nisso, mas enfim: se torna algo realmente cansativo. Eu detesto me puxar muito para dizer algo realmente significativo para mim e isso não ser valorizado pela(s) pessoa(s). Não se trata de orgulho ferido, mas de um trabalho incompleto. Como sinopses de livros, de filmes... como crítica literária mesmo. É sempre algo mongol, que tira toda a graça da coisa. Mas, precisamente, é como se o que foi dito não fosse fiel ao que foi pensado. Isso acontece na maior parte das vezes, com todo mundo, eu creio. Até porque não é só porque eu vou descrever uma mulher loira que você vai realmente pensar que ela nasceu assim. Pode ter pintado, ué. E por aí vai... Um ponto foi tocado, sabe. Um detalhezinho de merda, mas ele foi tocado e não está no mesmo lugar. E é estranho. Existem várias coisas, dentro do meu pessimismo realista, que vão se tornando sonhos tão bonitinhos
que, por vezes, parecem estar tão ao mesmo alcance. "Não se trata de mudar de personalidade, mas a forma de expressá-las. Se aqui e agora, eu não estou satisfeita, uma vez na vida vou deixar de lutar agora - por uma guerra inútil - e recomeçar num lugar distante, onde ninguém se lembre da nerd de óculos do livro da escola." Querendo ou não, a minha realidade é essa. E nem é fácil mudar isso, ainda que seja algo que parta de mim. Nada do tipo se transformar em uma supercomunicativa gata-garota, mas testar outros disfarces, outros personagens, deixar de ser sempre o arbusto da peça de teatros. Acordar sem janelinhas pendentes, que nunca se minimizam... que maravilha seria. Mas não é.

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