Levando em conta que mais de metade das músicas de amor (que devem representar 90% do todo) são do tipo "fossa", achei engraçado como meu leque de letras-musicais-em-que-eu-me-encaixo cresceu repentinamente nesse mês. E se, por um lado, acho tudo isso um exagero, por outro, não acho que eu tenha tido a pior das reações. Nessas horas, me irrita pensar que "ombros amigos ganham braços" - eu disse isso ontem no msn, mas a pessoa com quem eu falava não entendeu. Não sei se ficou claro, mas de qualquer jeito não acho que eu deva comentar isso. Eu teimo em não ver algumas coisas, em insistir na minha interpretação dos fatos quando, na verdade, eu deveria considerar que nem todos vêem o mundo com meus olhos infantis. De algum jeito, mesmo que mais uma vez pareça exagero, é como se a confiança depositada fosse para o ralo. Eu sei que não deveria, mas acabo pensando no passado como um erro de cálculo - o passado que desenvolveu essa situação presente, foi dele que eu falei. Eu passei por uma semana de morte (talvez duas), depois me acostumei. Não arriscaria dizer que o arco-íris voltou a brilhar com todas as cores, mas pouco-a-pouco a nuvem cinza vai se espalhando pelo céu. Ou não. Mas, tanto faz, aceitei a situação. É apavorante quando você não encontra ninguém que entenda o que você sente - é claro, às vezes isso é o que reconforta (quando precisamos ficar sozinhos). E aquilo do "ridículo do sentir" me invadiu de tal forma que, enfim, me debilitou completamente. Ok, até parece que eu comprei uma cadeira-de-rodas ou algo assim... Ivy, foi só um tombo. Isso acontece quando você deixa seus tênis pelo caminho. Bah, as férias chegaram em boa hora. Tenho aproveitado (o fato de eu estar com a bunda nessa cadeira, às quatro e meia da tarde, não distorce isso), tenho visto gente bacana e ocupado minha cabeça com pensamentos diferentes dos que me perturbam quando ponho os fones de ouvido. Foi bom ver Juno de novo com o Shaolin, ouvir a voz da Thays, conhecer o lado mais humano (sensível?!) de algumas pessoas. Eu cresci um monte, estou alegrezinha de novo. Acho que nunca foi a intenção eu me tornar o oposto disso. Não estou nem um pouco "à caça" - nem um pouco. Acho isso extremamente vazio e seria um desfecho realmente deprimente para mim. Me basta sair e escutar músicas aleatórias, que eu não escutaria em casa - falar bobagem, tomar alguma coisa e arriscar alguma coreografia banana. Me basta, mas nem preciso disso: o lado-lobo sempre existe, com a sede por solitude. A gente vê esses seriados, essas historinhas de ficção onde tudo acaba sendo lindo e brega e se pergunta se nos encaixamos em algum papel. Já me disseram para descartar o título de "pessoa substituta". Não ando com muito jeito para escrever coisas na terceira pessoa e, se for pra falar "eu", falemos de mim. (Haha, momento Ego.) Não acho que esteja escrevendo para me ler e me entender, me organizar. Não estou mais bagunçada, eu acho. Quer dizer, estou pulsante, minha cabeça está a mil quilômetros por hora e tudo nesse sentido... but i'm fine. Always fine. Sorria e acene, Ivy. Sabe, é engraçado ser uma garota pequena de palavras confusas. Tem a sua graça, mas também é desgastante. Não quero, não quero ninguém novo. Ninguém de diferente. Nem pra hoje, nem pra ontem. Me irrito com insistência nesse sentido. Eu levo tudo de forma muito intensa (e dramática), eu sou sensível e extremamente ouvinte do sr. meu coração (não existe um jeito de dizer isso sem parecer alguém muito brega e fã de Sailor Moon) - não vou fazer nada por fazer. Faço se estiver afim, se eu achar conveniente, se for fazer bem pra mim. Nesse sentido, não vejo razão em não ser egoísta. Sei lá também. De repente, levei tudo a sério demais. Mas nem penso mais nisso. Acho que vai ser bom começar do zero, me conhecer de novo, conhecer as pessoas de novo. Tudo de novo. Pé atrás, cabeça erguida e olhinhos brilhantes. Não vou perder tempo ruminando erros, acertos e desentendimentos (Ivy, you're not a cow!). Não vou perder tempo, mas também não estou com pressa de nada. Sei lá. Quando a gente começa a pensar demais na nossa situação acaba ficando meio triste, eu acho. Enfim. Descobri músicas ótimas e estou buscando a música ideal para fazer uma coreografiazinha. Foi bom descontar tudo na dança (e nos ouvidos alheios - thanks!), consegui evoluir bastante. Para alguém que se dizia extremamente rancorosa, acho que mudei bastante isso reavaliando alguns pontos. As pessoas têm seus lados bons e ruins - e aí está a mágica delas. E eu não estou apontando para nada ou ninguém, apenas falando sem parar. Fiz tanto isso ultimamente que estou sem voz (sério!). Ok, acho que vou me ocupar agora: lavar a mochila, arrumar umas roupas, pendurar moedinhas, ver House, whatever. Eu estou instável, então talvez depois eu leia isso e ache uma grandissíssima bostinha. Sempre existe a intenção de escrever 'mais tarde' quando eu posto algo de dia. A sensação de ansiedade, na verdade, não passou por inteiro. Eu acho engraçado escutar os conselhos e palpites de todo mundo a respeito da minha vida - engraçado porque eu não sigo nenhum deles, mas sou grata aos que me dirigem a palavra. Ok.
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