quinta-feira, 18 de setembro de 2008

areia molhada


E, se você parar pra pensar, vai ver que não é tão diferente...
Não pensei num desfecho pra idéia, só me deixei embalar por aquelas lembranças que, no fundo, podem não dizer nada - mas, de repente, mostram um monte de coisas. Tipo ficar em pé, na beira do mar, esperando as ondas se aproximarem e a água tocar seus pés: chega um momento em que, a não ser que tu seja uma tatuíra (ok, isso foi desnecessário), tu vai ter que te equilibrar colocando pelo menos um dos pés em outro ponto. A água vai arrastando a areia e, com o vai e vém, os pés vão sendo cobertos pouco a pouco (ou não tão lentamente).
Tudo bem, eu não sei descrever o mar, nem nada disso. Mas eu me lembro de ficar horas paradas, desafiando o nada. O bom da praia, pra mim, são esses momentos em que tu foge um pouco da tua lucidez e de todas as regras que regem o mundo para prestar a atenção em coisas simples e prazerosas - tipo o vento, a água e enfim. Desprezando o calor e, bem... tentarei me manter firmezinha e não falar de outras coisas.
Férias, luz e a beleza das coisas imateriais!
Nossa, eu daria tudo para sentir essa tranqüilidade das lembranças agora. Na verdade, eu só preciso desse momentinho: afundar os pés na areia molhada por algum tempo e conseguir não pensar em nada; olhar pro chão e entender o que pode ser aprendido com detalhes realmente incomuns.
Talvez a cena só te diga que existe hora de agir, que nem sempre o ficar parado - ainda que numa boa - te leva ao melhor caminho. É, eu não gostaria de ter dito algo assim. Eu pensei em tanta coisa legal e agora ficou banana de escrever isso. Tanto faz. O que importa é não se deixar levar (haha).
E as coisas andam tão inconstantes que já nem sei onde procurar essas mensagenzinhas.
Talvez os homens compliquem demais. Ou talvez seja só eu.
Mas eu ainda acho que tem alguma coisa por trás disso - porque
se você parar pra pensar, vai ver que não é tão diferente...

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