"Hi, I'm love with you." - talvez, se eu pensasse em inglês, fosse isso que eu devesse dizer. Mas não faria sentido se eu te dissesse isso considerando o escasso número de palavras que trocamos, apesar de esse tipo de certeza vir muito mais da linguagem não-verbal e de todo o conteúdo abstrato que envolve as interações. Depois que eu gostei de ti com o cabelo bagunçado e a boca suja de leite, pouco poderia ser feito para neutralizar meu encantamento. Eu gosto do teu cheiro e de como parece que todas as estações te encontram ao longo do dia: outono ao acordar, verão durante o dia, primavera ao entardecer, inverno ao dormir. Gosto da tua impaciência, da maneira com que roças a unha na mesa durante o almoço. E gosto de te ouvir cantar, mesmo que isso signifique que minhas músicas favoritas perderão completamente o ritmo original. Então, eu prefiro não te dizer nada - porque falo muito mais de sentidos e sensações do que qualquer outra coisa. Não falo em coisas concretas e imutáveis, mas em pequenas ações que, ao longo do dia, são capazes de transformá-lo. Não mantenho nada em segredo, afinal não há o que esconder. Mas também não te surpreendo com gritos: por que limitar o que nem nome tem?
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Sobre algo bom.
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Pensado por
Ivy
às
04:59
Assuntos:
amor,
breguinha,
ficção,
não-ficção
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