Nadaver. Ando meio afastada da ficção, tentando me nutrir de emoções reais. Hoje eu li um pouco de um livro sobre linguagem corporal e, ontem, vi uns dois documentários no Discovery: um sobre sex appeal e outro sobre poliamor. Ambos interessantes, porém o que explicava 'a ciência do sex appeal' era mais um aglomerado de informações quase numéricas, do tipo que tu até acha interessante e lógico, mas não é válido nem fácil de narrar para alguém. Falaram de beleza, de simetria, do número da perfeição, das pequenas mudanças no corpo durante o período fértil da mulher, das diferenças gestuais de homens e mulheres e blablablá... foi como ter uma aula sobre seres humanos, do tipo 'como identificar um homem na rua'. Mas valeu. O outro documentário, que foi da GNT e não do Discovery (lembrei agora), é de uma série que sempre aborda temas polêmicos relativos a sexo e as novas formas de família. Dessa vez não foi diferente: o poliamor é diferente da poligamia, que estabelece uma relação mais aberta e, aparentemente, mais sexual. Tá, é aquela idéia de oposição à monogamia. Já o poliamor é o caso de casamentos com mais de duas pessoas. Não necessariamente vários casais morando juntos: o exemplo dado foi o de uma família de três pessoas, em que uma mulher se casou com um cara há uns dezesseis anos (já afirmando que não seguiria o modelo clássico...) e, uns anos depois, se apaixonou por outro homem. Se casou com ele também e, então, os três moravam juntos. Depois de um tempo os homens afirmaram que se apaixonaram também um pelo outro e então se casaram também. E estão os três, há dez anos, casados entre si. O cara que entrou por último tem uma namorada (que não é dividida...), que freqüenta a casa mas é colocada sob uma hierarquia: a família (os casamentos) está em primeiro lugar. A primeira coisa que se pensa é que os três vivem numa orgia sem fim, aquela coisa de que os três chegam em casa tirando a roupa e etc (palavras do cara), mas no fundo é bem o contrário: cozinhar, limpar a casa, administrar as despesas, e tudo o que se faz normalmente. O sexo fica em segundo plano e raramente é feito em conjunto. Os envolvidos têm momentos a sós com cada um de seus parceiros e nem sempre todos os que compõem o círculo formam necessariamente um casal. É um modo de vida diferente, é claro, e achei interessante falar disso. Apesar de parecer uma coisa de outro mundo, isso se aproxima da idéia divina de amor. Pelo menos pra mim. Porque é bobagem ter preconceito com casais do mesmo sexo ou, enfim, com tudo o que não é o esperado pela idéia de maioria. E quem disse que só se ama uma pessoa na vida? Existem muitas barreiras ainda a serem quebradas... talvez, num distante século do futuro, se possa encarar com naturalidade as escolhas alheias sem nos sentirmos atingidos e ameaçados por elas.
3 comentários:
também acho que se pode amar muitas pessoas na vida e - também - ao mesmo tempo. Aquela idéia de amor divino pra mim é exatamente a idéia de compartilhar sem pretensões, de amar sem acorrentar, alguma coisa muito ligada à liberdade individual de cada um, alguma coisa que me remeta à simplicidade e pureza, como uma pizza compartilhada, um cinema, e essas coisas.
não que eu esteja comparando as pessoas às pizzas. Mas a idéia de amar sem preconceitos, mais de uma pessoa, e viver em harmonia, com carinho e dedicação, com aquele cuidado que as pessoas que de fato amam, tem para com a gente... essa idéia muito me instiga.
ah, e ivy, o meu blog é "blogspot" sim, e continua sendo, mas além de vc conseguir acessá-lo pelo "alem-do-obvio.blogspot", eu hospedei ele num outro servidor gratuito, pq eu achei mais fácil para as pessoas lembrarem, que é "obvioululante.co.cc"
=PP
censuraram a foto, que ridículo!
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