A viagem foi boa. Sabe que estava frio na praia? Frio de usar casaco e tomar banho de chuva. De fato, pra mim veio em boa hora esse 'afastamento' do mundo. Não que lá seja um lugar total primitivo... mas é ótimo para desestressar. Na verdade, nem tão ótimo assim... se é que você procura algo realmente bom para fazer.
Trilhas e restaurantes mega naturebas... teatro do Fernando Pessoa (eu já vi... veria de novo, mas só vi os cartazes um dia depois da apresentação.)... vacas que comem salgadinhos ElmaChip's. Enfim, eu passei o tempo olhando para as diversas paisagens maravilhosas e lendo. Lendo muito.
Sabe, eu sinto falta de ficar me balançando (beeem rápido) na rede e cantando, enquanto invento histórias malucas... senti muita vontade de escrever, mas as canetas e o caderno são inimigos das minhas palavras: eu sento para escrever e fico só desenhando. Mas isso é bom também... sentia falta disso. Fora que eu viajo muito quando desenho...
Sei lá. Eu encarnei num livro do Harry Potter (o do Príncipe Mestiço). Achei realmente muito bom. Fiquei uns quatro dias sem mexer o pescoço, só lendo... hahaha. Pode soar babaquinha ou infantil, mas realmente gostei do livro. O melhor da série, sem dúvidas. Os outros mostravam o lado mais 'turminha em ação', meio sessão da tarde, do menino Harry. Esse, sei lá, é bem mais forte. Bem mais maduro.
O início é um porre... comecei a ler umas sete vezes, até ir em frente e começar a babar pela história. Eu gostei de como esse livro foi mais equilibrado... tipo com ganhos e perdas... O Harry era sempre o fodão. Ok, isso não mudou muito... mas gostei. Snape, Snape...
Meu primeiro gato vai ter o nome de Sirius Black. Não porque eu amo o personagem, nada disso. Apenas acho o nome muito bom, muito mesmo. O certo seria ter um cachorrão preto, seria mais coerente. Mas cachorros têm cara de bobo, e o nome Sirius é total malicioso. Gatos são cretinos, é o instinto.
Eu não queria estar falando da praia, mas enfim. Acho que cresci um monte lá. Eu fiquei sem pc, sem música, nem vendo mais que uma hora de pc por noite. Ok, talvez duas. Mas fiquei pensando muito... o que fazer da vida, quem eu sou, quem vocês são e o que representam pra mim, sei lá. Fiquei pensando na minha loucura, admirando o Renato Russo, criando teorias e coisas a dizer.
Ontem eu me desculpei por não saber ser doce, para uma pessoa. Eu nunca sei o que sinto por ela. Talvez eu me sentisse comparada demais, e eu não gosto disso. Éramos muito parecidas. Ainda somos, muito mesmo. Mas, claro, existe uma certa polaridade. E umas fofocas no meio disso tudo. Mas enfim, ela é especial, eu não posso negar isso.
Eu sou muito grossa as vezes, sem perceber. O Dado falou algo do fogo uma vez, signos de fogo... por mais intencional que seja, por mais carinhoso que tenha que ser, o fogo sempre acaba ferindo. E eu fiquei pensando em Jesus e na história toda. Noticiários... Oh, acharam covas... Oh, Poltergaist.
Pensando bem, eu gosto de Jesus. Ele deve ter sido um cara muito bom de conversa... Gosto da idéia dele ser um homem comum. Mas não gosto da pose da Igreja, em relação a isso. Deus é outra história. No fundo, eu prefira voltar à Grécia Antiga e acreditar naqueles deuses todos, tão sedutores... O homem estraga tudo.
E eu pensei em coisas aleatórias interligadas, como opção sexual, cabelo, beijo e individualismo. Eu me sinto em um gueto às vezes. E eu fui consumida por uma depressão terrível. Sabe, tinha uma confeitaria lá que seria um belo cenário para filmes de terror, tipo A Casa de Cera. Tri que a casa de cera poderia ser um lugar de depilação. Seria um horror do mesmo jeito...
Eu comi uns queijos gostosos, sonhos e muitos pães fofinhos. Eu li sobre máscaras cremosinhas, para a pele e o cabelo. Eu vou fazer reeducação alimentar. Sabe, ando sempre com pirulitos agora, o que não é um bom sinal. Talvez seja coisa da idade... estou crescendo e não tenho um rumo. Sabe, eu daria uma boa empreendedora. Hoje me diverti muito com matemática. E eu preciso de uma análise... para saber se tenho capacidade de fazer isso com outras pessoas.
Estou doente por dentro. Mas não é nenhum remédio ou uma noite que vai curar. Senti uma puta saudade do Bruno, do Shaolin. E de mais algumas pessoas, mas principalmente esses dois. E eu achei um marca páginas que vale ouro... existem belas coisas escritas nele. Levei material para aprimorar rabiscos e entender astrologia, mas gastei esse tempo lendo o livro da Matrix. Que droga, meus livros não estão aqui em casa... Só a introdução desse aí é uma riqueza... e bem longa... ainda nem cheguei na história mesmo, de fato. Tenho tantas coisas a pesquisar... desde o funcionamento dos ovários até hare krishna e Rousseau.
Agora eu tenho um novo sutiã favorito. E agora o 'vento no litoral' me acompanha todo o tempo. "Tempo, tempo... falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio..."
quinta-feira, 1 de março de 2007
Vento no Litoral
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