Pensando bem... "não", sabe? Não... Simplesmente não. Que saco. Chega dessa falsidade, do sorrisinho pra cá, do blablablá pra lá... stop it! Eu não sei até que ponto as pessoas vão para evitar conflitos, mas existe um limite até mesmo para o autocontrole. Eu não vinha pensando nisso, mas agora me pareceu realmente óbvio. Não se trata de uma resposta vingativa, mas de uma conseqüência. E só. Conseqüência originada por ações impensadas, puramente egoístas. Eu não deveria achar tudo normal, não deveria encontrar sentido onde ele não existe. E, tampouco, deveria aceitar algo que me corrói em troca da boa noite de sono alheia. Desculpas, desculpas, desculpas... dizer que simplesmente "aconteceu" não resolve nada. Não torna alguém menos responsável por suas ações. Os fins justificam os meios? Não. Nem sempre. Quandos lidamos com pessoas, temos que entender que o que fazemos afetam-nas diretamente. Ignorar isso só demonstra imaturidade. Dizer que cada um tem de cuidar de si não é o suficiente para me convencer de que podemos fazer o que quisermos com qualquer um, de qualquer jeito. Não... simplesmente não. Não querer enxergar isso é de uma covardia tão absurda. E cada interrupção do desabafo que fora silenciada? Se existe uma consciência, uma consciência que teima em parecer tranqüila, que ela arque com os resultados das ações de seu dono - que ela se mantenha intacta e preciosa diante da feia realidade. O não querer não justifica o erro - a imprevisibilidade é uma constante, não uma aliada. Não critico aqui o que outros chamariam de mentira, mas a negação dos fatos (a fuga, a cegueira, a surdez momentânea). Posso oferecer uma possibilidade, mas a certeza já não me pertence. E não acho triste isso: pior seria cultivar a angústia de ver tudo acontecer sem esboçar nenhuma reação. Não vou ficar confortável em continuar fingindo não ter nenhuma opinião a respeito de tudo para que os dias pareçam mais coloridos e felizes. Já não falo em estado de luto, mas na posição de alguém inteiro que se decepcionou. E acho engraçado esse tom de culpa que existe ao dizer que se está decepcionado - como se a culpa fosse minha de esperar mais do que um indivíduo me deu. A fantasia, é claro, faz parte disso - mas as atitudes das outras pessoas partem unicamente delas - e, quanto a isso, não há quem se salve de alguma inferência. Sensibilidade serve justamente para evitar conflitos maiores. Tato. Só isso... não me parece difícil. Difícil é erguer a cabeça todos os dias e se sentir orgulhoso de quem você se tornou. Mais do que orgulho, sentir que existe um reconhecimento pelas ações arquitetadas. Enfim. Se não está tudo bem, não está tudo bem. Um dia, isso se ajeita. Ou não. E que seja (ou não seja) do jeito que acontecer.
Eu quero ser alguém capaz de me tornar o que eu sou, e não apenas viver acreditando ser alguém.
O que alimenta a imagem não enriquece a alma. Pelo contrário, só faz aumentar o vazio.
Eu quero ser alguém capaz de me tornar o que eu sou, e não apenas viver acreditando ser alguém.
O que alimenta a imagem não enriquece a alma. Pelo contrário, só faz aumentar o vazio.